COLEÇÃO CORTIÇA TÍPICA PORTUGUESA
A cortiça tem sido usada ao longo dos anos sobretudo nas rolhas para garrafas de vinho e champanhe. A História diz que o material foi encontrado pela primeira vez nos túmulos do Egito. Os antigos gregos e romanos faziam uso deste material para redes de pesca, sandálias, rolhas de garrafa e dispositivos de flutuação individuais para os pescadores. Os aldeões da época utilizavam-na na construção das suas casas devido às suas propriedades isoladoras pois assim conseguiam manter as casas quentes no Inverno e frescas no Verão. Também era utilizada nos solos pois é um material confortável e que impede o ataque de insetos e outras pragas.
Com o passar dos anos, o material continuou a ter como utilização principal as rolhas das garrafas. Até meados dos anos 1700 a cortiça era colhida onde as árvores nasciam. Devido ao seu sucesso, começaram a cultivar propositadamente árvores de cortiça. Em 1688 Pierre Pérignon inventou o champanhe e usou uma rolha de cortiça para selar a sua invenção.
Em 1890 uma empresa alemã desenvolveu um método para usar os restos deste material. Conseguiram obter um método em que a cortiça podia ser cortada em folhas e utilizada de diversas formas e foi assim que nasceu a cortiça aglomerada. John Smith descobriu que usando calor e pressão para libertar as resinas naturais, ele conseguia criar um conglomerado de partículas de cortiça que não precisavam de qualquer material a liga-las. Mais tarde, Charles McManus encontrou um método de produção de cortiça aglomerada que podia ser usado para forrar tampas de garrafa e, desde então, foram experimentadas várias formas de utilização dos restos de cortiça, de modo a não desperdiçar nada.
A produção deste material é muito amiga do ambiente, e quaisquer resíduos de produtos podem ser readaptados e reutilizados. Os desperdícios da cortiça são moídos para uso em cortiça aglomerada e qualquer pó de cortiça pode ser usado como combustível nas fábricas.
Num mundo moderno cheio de materiais sintéticos, a cortiça continua a liderar o seu setor. Este material incrível e natural tem uma ampla gama de aplicações muito além do pensamento da rolha de garrafa de vinho. Todos os dias se procuram novas formas de usá-la e isso garante a sua utilização durante os anos vindouros! Portugal, com uma área de 730 mil hectares de montado de sobreiros
A indústria da cortiça é um dos setores mais internacionais de Portugal, exportando mais de 90% da sua produção. Ultrapassou o marco histórico de mil milhões de euros de exportações em 2018.